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Dentro do tema de competência empreendedora, alguns autores têm se preocupado em criar tipologias ou modelos que possibilitem a identificação, por parte dos pesquisadores, de conhecimentos, habilidades, atitudes, enfim, de competências necessárias ao desenvolvimento de suas atividades. Entre eles, dois trabalhos foram identificados na literatura: o de Cooley (1990) e o de Man e Lau (2000).

Como bem diz a fábula, se você não sabe para onde ir, qualquer direção serve. Numa empresa, a direção a seguir deve ser muito consciente. Previamente definida. E as condições necessárias devidamente providenciadas. Uma operação assim é uma operação dominada. Para se ter domínio da empresa a velha fórmula "Planejar, Organizar, Executar e Controlar" é ainda melhor. Mas o que planejar? Tudo que se faz numa empresa deve ter uma razão de ser e, portanto, deve seguir a direção de objetivos previamente definidos, os objetivos devem ser dimensionados em metas para que todos possam compreender e remar a favor. Todos os objetivos perseguidos pela empresa devem ser aqueles estabelecidos pelo proprietário ou pelos sócios, ou derivados deles. Complicado? Se sua reposta foi sim, o Sebrae elaborou uma cartilha para você saber os 5 objetivos que toda empresa deve ter. Faça o donwload: Abri minha empresa, e agora? Empresa de sucesso e boas decisõê precisa estar logado Portal de Atendimento do Sebrae MS para fazer o download do arquivo.

Exploitation refere-se à exploração do que já é conhecido, ou seja, de velhas certezas, nas quais os empreendedores podem escolher ações que replicam seus conhecimentos existentes com o objetivo de obter vantagens, reduzir custos e maximizar benefícios, incluindo refinamento, rotina e implementação de conhecimento, execução, produção e escolhas (MARCH, 1991); exploration é o meio pelo qual os indivíduos aprendem com experiências de explorar novas possibilidades, descobertas e inovação (WEICK e WESTLEY, 1996; POLITIS, 2005), que são distintas das anteriores. Em suma, os três modelos apresentados (MORAES e HOELTGEBAUM, 2003; RAE, 2004; POLITIS, 2005) parecem evidenciar aspectos relevantes para pesquisas em aprendizagem empreendedora, como o processo de identificação de oportunidades e o processo de gestão da organização. Para explorar tais processos, estes autores apresentam consenso na relevância de se utilizar a abordagem de aprendizagem experiencial, baseada na prática, no contexto e na ação, e em investigar o conhecimento obtido.

Em virtude disso, o presente estudo considera que a aprendizagem empreendedora é um processo contínuo que facilita o desenvolvimento do conhecimento necessário para começar novos empreendimentos e administrá-los, sendo os conhecimentos advindos da experiência pessoal do empreendedor e utilizados para guiar a escolha de novas experiências (POLITIS, 2005). O aprendizado é alcançado por meio de ações, ou seja, na prática, de forma experiencial (MORRISON e BERGIN-SEERS, 2002), e advém das experiências passadas de sucesso e insucesso, da observação de outros empreendedores e de outras fontes de relacionamento (RAE, 2005; MAN, 2006; LÉVESQUE, MINNITI e SHEPHERD, 2009). Esta aprendizagem "representa o meio pelo qual se adquire a competência, enquanto a competência representa a manifestação do que o indivíduo aprendeu" (FREITAS e BRANDÃO, 2006, p. 100). Neste sentido, torna-se pertinente uma abordagem construtivista, experiencial e situada dos conceitos de competência e aprendizagem empreendedora.

Morrison (1998) mostra que existe grande debate a respeito, com diferentes considerações e perspectivas. Em uma das abordagens, acredita-se que a característica empreendedora é nata, isto é, pressupõe que a aptidão empreendedora, a habilidade para correr riscos e o desejo de criar um negócio são inerentes ao indivíduo, ou seja, o empreendedor nasce com estas características. Isto pode ser exibido na forma de traços de personalidade que diferenciam os empreendedores dos demais. Alguns exemplos de traços genéticos associados ao empreendedorismo são: autoconfiança, motivação pessoal, criatividade, independência, liderança, propensão a correr riscos (HONMA, 2007). A organização das informações relativas ao negócio é extremamente dinâmica e, através do software, as etapas do Plano de Negócio podem ser revistas a qualquer momento, de forma interativa. Serápossível, também, fazer o planejamento das atividades que serão desenvolvidas e definir tarefas, responsáveis, prazos e resultados almejados.

A primeira referência para se analisar o processo de aprendizagem dos empreendedores é a de Moraes e Hoeltgebaum (2003, p. 15), na qual as autoras, partindo do pressuposto de que "o processo de formação do empreendedor deve considerar a etapa do ciclo de vida da organização", relatam que, para compreender como os empreendedores de fato aprendem, é preciso entender, além de como eles se tornam empreendedores, como gerenciam o seu próprio negócio e como atuam estrategicamente. Portanto, a análise envolve a identificação de oportunidade e a administração da empresa criada. Este modelo para análise do processo de aprendizagem de empreendedores pode ser observado no Quadro 1. De acordo com Hisrich e Peters (1998) apud Pereira (2007, p. 25), o empreendedor é aquele que "exerce atividades de sustentação do negócio": "A identificação de uma oportunidade faz com que o produto ou serviço atenda a uma necessidade do mercado. A captação de recursos permite que o negócio se sustente financeiramente. A construção da empresa e a comercialização remuneram o capital investido, e a interação com os principais interessados pela organização permite que ela consolide sua atuação".

O plano de negócios é o instrumento ideal para traçar um retrato do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor. É por meio dele que você terá informações detalhadas do seu ramo, produtos e serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e da gestão da empresa. Um plano de negócio descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Ele permite identificar e restringir seus erros antecipadamente, ao invés de cometê-los no mercado. Inicialmente, o estudo focalizou o campo das competências empreendedoras. A pesquisa sobre o conceito de competências, ainda em construção (RUAS, 2005), mostrou que há diversas abordagens possíveis. No entanto, o estudo do tema e dos modelos de competências empreendedoras apontou para sua convergência com os conceitos de competência individual. Num segundo momento, foram levantados os fundamentos que tratam da aprendizagem empreendedora com seus conceitos, abordagens e modelos.

Competências e aprendizagem são, portanto, abordagens complementares, pois, para que haja desenvolvimento da aprendizagem, é preciso repensar as competências das pessoas, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento das competências é baseado num processo contínuo de aprendizagem, criando um círculo vicioso (BITENCOURT, 2005). Afinal, não há desenvolvimento sem aprendizagem, constituindo-se esta um processo necessário para a aquisição de competências. Portanto, a mesma ênfase encontrada no potencial explicativo dos estudos que conectam as categorias de aprendizagem e competências na literatura de nível individual e organizacional tem sido dada na literatura de empreendedorismo, ainda que de forma incipiente. De acordo com Man (2006), a aprendizagem empreendedora é estudada de diversos enfoques: experiencial, cognitiva e networking. A abordagem experiencial é baseada no modelo de aprendizagem de Kolb (1984), que sugere que a aprendizagem é um processo pelo qual os conceitos são derivados e continuamente modificados pela experiência e pela reflexão do empreendedor. O foco da abordagem cognitiva é de que a aprendizagem empreendedora é um processo mental de aquisição, estoque e uso do conhecimento empreendedor em longo prazo.

Basicamente, as fichas técnicas determinam todos os procedimentos que devem ser seguidos para realizar a preparação de determinado prato ou drink do cardápio. Assim, as receitas ficam padronizadas e o sucesso do serviço é estabelecido. Fatores que influenciam o processo de transformação da experiência em conhecimento: Politis (2005) identificou três fatores que podem auxiliar a compreender o modo predominante pelo qual os empreendedores transformam experiência em conhecimento empreendedor: a) resultados de eventos empreendedores prévios, quer sejam com experiências bem sucedidas ou com insucesso, pois podem ser replicados quando positivos e evitados quando negativos; b) lógica ou racionalidade dominante de um empreendedor. Segundo Sarasvathy (2001) há dois tipos de racionalidade em teorias econômicas: causação e efetuação. O raciocínio causal usa técnicas de análise e estimativa para explorar mercados latentes. Foca no que deve ser feito de acordo com as metas predeterminadas, os meios possíveis e os resultados imaginados, ou seja, na predição por meio da realização de pesquisas de mercado, projeções financeiras, plano de negócios, entre outros.

Entretanto, independente da motivação para a criação de novos empreendimentos, é necessário conduzi-los de forma satisfatória para obter sucesso. Para tal, Dias, Nardelli e Vilas Boas (2008) sugerem que os empreendedores precisam contar com ampla variedade de habilidades sociais, as quais envolvem um conjunto de competências que permitem aos indivíduos interagirem uns com os outros. Por isso, Bittencourt (2005) destaca que o desenvolvimento de competências possibilita que as práticas organizacionais sejam direcionadas para uma gestão mais efetiva e propícia à estratégia competitiva, levando-a a vantagem competitiva. Dornelas (2007) elaborou uma nova relação das características dos empreendedores de sucesso, a qual contempla: ser visionário; saber tomar decisões; fazer a diferença e explorar ao máximo as oportunidades; ser determinado, dinâmico, dedicado, otimista e apaixonado pelo que faz; ser independente e construir seu próprio destino; ficar rico; ser organizado, líder, formador de equipe e bem relacionado; possuir conhecimento; assumir riscos calculados, criar valor para a sociedade e planejar muito.

Outro ponto de consenso entre eles parece ser a necessidade de realizar pesquisas ao longo do tempo que privilegiem a história de vida dos empreendedores, suas carreiras e experiências, suas motivações e a sua formação. Estes são aspectos metodológicos a serem considerados em pesquisas sobre o processo de aprendizagem empreendedora. Essa junção de competências com ações empreendedoras levou à criação do conceito de competência empreendedora definido por Snell e Lau (1994), o qual consiste em corpo de conhecimento, área ou habilidade, qualidades pessoais ou características, atitudes ou visões, motivações ou direcionamentos que, de diferentes formas, podem contribuir para o pensamento ou ação efetiva do negócio. Para esses autores, a arte de criar e gerenciar um pequeno negócio é relacionada ao plano de vida do empreendedor, aos valores e à sua característica pessoal e isso é refletido na amplitude desta definição.

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Por exemplo, habilidade dos trabalhadores, comportamento dos gestores, motivação dos assistentes, tudo isso resulta de aprendizagem. Junto com a aplicação de princípios e processos de aprendizagem, o comportamento dos trabalhadores pode ser analisado e gerido visando à sua melhoria (PRIYANTO e SANDJOJO, 2005). As experiências ocupam um lugar de destaque na discussão sobre a formação e o desenvolvimento de competências por meio de experiências passadas e refletidas, assim como pelas conclusões que delas são tiradas (LE BOTERF, 2003; LÉVY-LEBOYER, 2003). Por isso Fleury e Fleury (2004a), Le Boterf (2003) e Zarifian (2001) relatam que o desenvolvimento de competências pressupõe autonomia, iniciativa e responsabilidade do indivíduo, além do querer agir, pois, segundo Le Boterf (2003, p. 154-155), a "competência é inseparável da motivação por estar sempre ligada à situação significativa construída pelo sujeito". Assim, Antonello (2006, p.

216) salienta que "a aprendizagem experiencial é muito mais do que um simples acumular de experiências", pois a experiência é tida como a "interação de uma pessoa ou coletivo com a situação de trabalho", de modo que nem toda experiência permite diretamente uma aprendizagem. Para ela, a experiência pode, às vezes, promover transformação em decorrência de uma "repetição" ou "impregnação" e não de uma aprendizagem. Para que a aprendizagem ocorra, é necessário que haja intencionalidade por parte dos indivíduos no ambiente de aprendizagem formal ou nas práticas de trabalho. Assim, a aprendizagem experiencial "pode apresentar-se como um processo a ser empregado na geração e desenvolvimento de competências gerenciais, capacitando os gerentes a fazer frente às novas exigências" (ANTONELLO, 2006, p. 217). Portanto, considerando o pressuposto de que competências consistem no resultado do processo de aprendizagem empreendedora e podem ser mais bem compreendidas por meio da análise das experiências e conhecimentos do empreendedor, entende-se que as competências de oportunidade e administrativas (MAN e LAU, 2000) resultam do processo de transformação de experiências da carreira do empreendedor em conhecimento do empreendedor (POLITIS, 2005).

Aprendizagem contextual: ocorre quando as pessoas relatam e comparam as suas experiências individuais com as de outras pessoas, criando e compartilhando significados por intermédio de sua participação social e cultural na área de interesse e em outras redes de relacionamentos. Por meio dessas relações sociais e das experiências, as pessoas aprendem intuitivamente e podem desenvolver suas habilidades para reconhecer oportunidades. Assim, a aprendizagem contextual envolve aprender por meio da imersão dentro do setor de interesse e reconhecer oportunidades por meio de participação cultural e teorias sobre as práticas de ação empreendedora, que são descritas como uma ferramenta analítica que habilita a pessoa a ver conexões e criar significados entre aspectos de sua vida e ações práticas. D) Praticamente todos os comportamentos de uma organização, diretos ou indiretos, são influenciados pela aprendizagem.

O Plano de Negócio é uma etapa fundamental de planejamento para seu empreendimento funcionar. Ele irá demonstrar a viabilidade da sua ideia, os pontos fortes e fracos, te ajudar a chegar ao mercado com mais segurança e conhecer melhor seu público-alvo. A partir daí ficará claro o que é a sua empresa, onde ela quer chegar e o que precisa ser feito para isso. Pronto, seu plano de negócio está completo! Mas não acaba por aí. Agora, é hora de avaliar cada detalhe e colocar o plano em prática. Lembre-se que o plano de negócio é uma ferramenta de gestão e deve ser revisado periodicamente. Minniti e Bygrave (2001, p. 7) consideram a aprendizagem empreendedora "um processo que envolve repetição e experimentação que aumentam a confiança do empreendedor em certas ações e desenvolvem o conteúdo de seu estoque de conhecimentos". Taylor e Thorpe (2004) a descrevem como um processo de coparticipação que envolve reflexão, teoria, experiência e ação e é dependente de fatores sociais, históricos e culturais.

Ao inserir login e senha, o download iniciará automaticamente Rae (2006) defende que o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades sobre e para o empreendedorismo, ou seja, a arte da prática empreendedora é aprendida somente no ambiente de negócio pela intuição, prática e experiência social, e mais do que no ambiente educacional. Mueller e Thomas (2000) relatam que muitos educadores trabalham com a filosofia de que os empreendedores não são natos, mas se formam. Esta visão indica claramente que o empreendedorismo pode ser ensinado e que a autopercepção individual e o potencial empreendedor podem ser melhorados. Kiggundu (2002) acredita, inclusive, que a educação e o treinamento empreendedor podem ser visualizados pela perspectiva de desenvolvimento de competências empreendedoras e, tendo em vista a sua natureza dinâmica, considera importante desenvolver programas educacionais específicos para empreendedores. Dornelas (2008) considera como mito o fato de empreendedores serem natos e nascerem para o sucesso, pois é com o passar dos anos que eles acumulam experiências, habilidades relevantes, contatos e capacidade de ter visão e perseguir oportunidades.

Ferreira, Gimenez e Ramos (2005, p. 3) comentam sobre a mais recente abordagem, intitulada de construtivista, e representada por "Carland, Carland e Hoy (1992); Solymosy e Hisrich (2000) e Inácio Junior e Gimenez (2003)". Essa abordagem trata do empreendedor em uma perspectiva multidimensional, levando em consideração traços individuais, características do empreendimento e fatores ambientais e econômicos. Empreendimento negociado: as ideias e aspirações dos indivíduos são realizadas mediante um processo negociado de trocas interativas com outras pessoas em relação ao empreendimento, incluindo consumidores, fornecedores, investidores, empregados ou sócios. Este tema inclui quatro subtemas: empreendimento conjunto e parcerias; significados compartilhados, estrutura e práticas; mudanças dos papéis ao longo do tempo; e inserção em redes de relacionamentos externas. Competências de comprometimento: demandam a habilidade de manter a dedicação do dirigente ao negócio, principalmente em situações adversas, além de demonstrar a dedicação do empreendedor e do seu trabalho árduo, participando de tudo o que acontece na organização, mesmo que em detrimento de sua vida pessoal.

A causação "envolve a criação de alternativas adicionais para atingir determinadas metas" (SARASVATHY, 2001, p. 2). Já a lógica de efetuação não começa com metas pré-estabelecidas, mas segue metas que emergem com o tempo, de acordo com a imaginação e aspirações do fundador; c) orientação da carreira do empreendedor. Neste último tipo são identificados quatro estilos: linear, especialista, espiral e transitória. A preferência do empreendedor por um desses estilos é baseada em diferentes motivos. Assim, enquanto alguns preferem explorar novas atividades, mudar de campo, de organização e de trabalho, outros preferem a rotina e a especialização (BROUSSEAU et al. , 1996 apud POLITIS, 2005; POLITIS e GABRIELSSON, 2006). Segundo Baron e Shane (2007), o empreendedorismo é definido como processo que se move por fases distintas, mas intimamente relacionadas, quais sejam: reconhecimento de uma oportunidade; decisão de ir em frente e reunir os recursos iniciais; lançamento de um novo empreendimento; construção do sucesso e aproveitamento das recompensas.

O empreendedorismo ocorre, portanto, quando quatro condições básicas são alcançadas: a) motivação frente às tarefas; b) acesso ao conhecimento (know-how); c) expectativa de ganho pessoal; e d) suporte do ambiente (BULL e WILLARD, 1993). Weber (1989) vê os empreendedores como inovadores, pessoas independentes, cujo papel de liderança nos negócios infere uma fonte de autoridade formal. Filion (1999, p. 19) o define como "uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios". Este conceito de Filion é adotado no presente estudo, sendo o empreendedor aquele que cria um novo negócio ou novo empreendimento, expande um empreendimento existente (GEM, 2008) ou, ainda, aquele que exerce atividades de sustentação do negócio (PEREIRA, 2007). O plano de negóciosé importante tanto para quem está abrindo o negócio quanto para quem está ampliando o empreendimento. Vale destacar que esse planejamento não elimina os riscos, mas evita que erros sejam cometidos pela falta de análise, diminuindo as incertezas do seu negócio.

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Um segundo modelo para análise de aprendizagem empreendedora identificado na literatura foi o de Rae (2004), que considera o indivíduo dentro do seu contexto social (ver Figura 1) e abrange três dimensões: a) formação pessoal e social; b) aprendizagem contextual; c) empreendimento negociado. Esses temas foram subdivididos em outros subtemas e o modelo foi testado empiricamente em diversos estudos realizados pelo próprio autor. A aprendizagem empreendedora é um processo experiencial no qual a experiência de carreira de um empreendedor é transformada em conhecimento por meio do equilíbrio entre a exploitation do que ele já sabe e da exploration2 2 Os termos exploration e exploitation, neste trabalho, foram mantidos em inglês por serem traduzidos pela mesma palavra em português (exploração). O sentido dos termos será discutido posteriormente. de novas possibilidades (POLITIS e GABRIELSSON, 2005) e esse conhecimento pode ser usado para guiar as escolhas de novas experiências.

Esse processo é afetado por fatores emocionais, motivacionais, de atitude e de personalidade, como motivação, determinação e confiança. Já para a abordagem de networking, as habilidades e os conhecimentos dos empreendedores de MPE's são adquiridos por meio de suas redes de relacionamento, incluindo clientes, fornecedores, bancos, educação universitária, profissionais de outras empresas, parentes, amigos e mentores. A classificação de Cooley (1990), voltada para os empreendedores, foi revista e adaptada do modelo de competências de McClelland e contém uma lista com 10 competências empreendedoras, a saber: busca de oportunidade e iniciativa; persistência; comprometimento; exigência de qualidade e eficiência; assunção de riscos calculados; estabelecimento de metas; busca de informações; planejamento e monitoramento sistemáticos; persuasão e rede de contatos; independência e autoconfiança. Tantas características necessárias ao empreendedor de sucesso geram um questionamento relacionado ao seu desenvolvimento: se ele nasce com estas características ou se as aprende com o tempo.

Então, como os conceitos de competências empreendedoras e aprendizagem empreendedora estão em construção e ainda não se tem uma clara exploração de como a inter-relação entre eles está construída, identificou-se a necessidade de trabalhos que explorem com mais profundidade a integração destas duas categorias para estimular e subsidiar novas pesquisas teórico-empíricas, evidenciando a atualidade e a relevância do tema e demonstrando a importância do presente estudo para o avanço da literatura. Analisar o mercado é uma das etapas para a elaboração do plano de negócios. É fundamental saber quem são os clientes, concorrentes e fornecedores, além de oferecer quais são os produtos ou serviços que vai oferecer. Definindo seu público-alvo e como chegar a ele da melhor maneira possível, você economiza recursos, dando um tiro certeiro no seu objetivo. A ficha técnica de alimentos é utilizada no setor de gastronomia para melhorar a gestão do negócio, seja bar, restaurante ou indústria de alimentos. Por meio de uma tabela, é possível estabelecer boas práticas na cozinha, controlando quantidade e qualidade do que é servido no empreendimento.

  • Organiza as ideias ao iniciar um novo empreendimento.
  • Orienta a expansão de empresas já em atividade.
  • Apoia a administração do negócio, seja em seus números, seja em estratégias.
  • Facilita a comunicação entre sócios, funcionários, clientes, investidores, fornecedores e parceiros.
  • Capta recursos, sejam financeiros, humanos ou parcerias.

Novamente adotou-se, aqui, a abordagem individual de aprendizagem, com ênfase na aprendizagem experiencial. Buscou-se, então, na literatura estudos teóricos e empíricos que abrangessem as duas categorias: competências empreendedoras e aprendizagem empreendedora, a fim de aprofundar a inter-relação entre elas. Foram encontradas (a) diversas pesquisas sobre competências empreendedoras e sobre aprendizagem empreendedora, mas não com as duas juntas como potencial explicativo de uma realidade; e (b) diversas pesquisas nacionais, principalmente sobre aprendizagem empreendedora, que não utilizam os modelos internacionais identificados na literatura.

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